estavam quatro homens debaixo da janela do meu quarto
quatro
quatro soldados armados de espingarda
quatro homens fardados
pendurada na parede do meu quarto havia uma aguarela
um desenho pintado de um gato siamês
cada soldado disparou uma bala
quatro
caiu a aguarela da parede
caiu esfacelado o gato com dois olhos verdes
entro no quarto e vejo a última bala
uma bala a dançar em redor do que sobrou do gato
6 comentários:
Às vezes nada sobra.
Beijos.
Podia ter sido mais que a aguarela do gato...
Beijos
fátima, admiro muito essa tua capacidade de descrever um evento chocante com a placidez de um lago... e tbm, em outros momentos, de tirar rios de emoção de uma banalidade do cotidiano... sempre aprendo lendo vc...
bjo
Um bom poema para o dia de Natal ;)
Bjs
Maria, é dos melhores. Bj
Surreal!
Adorei.
Um feliz 2010,
doce de lira
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