sábado, fevereiro 21, 2009

desespero




se eu soubesse ler as letras do teu alfabeto
andar as ruas da tua cidade
rimar as rimas do teu verso

se eu soubesse dizer amo-te no tom certo
e abraçar-te
e enternecer-te

se eu soubesse ler a língua com que dizes
espera
o dialecto dos olhos com que te despedes

se eu soubesse guardar o segredo
a gota da lágrima que te escorre
que tu choras

mas eu não sei
e perco-te



9 comentários:

lenor disse...

Eu acho que é de alguém que vê partir alguém atrás de uma paixão incerta.
Este poema foi o momento do meu dia, hoje.

Mena G disse...

Lindissimo.Mesmo.
Daqueles de "roer de inveja"...
;)

Luis Portugal disse...

Olá
O eterno "Se", desta vez virado para os sentimentos.
Tem um bonito blog, parabéns!
Voltarei mais vezes.
Abraços amistosos de,
Luís Portugal

mac disse...

Maria, também gostava de saber... Em vez disso, andamos para aqui perdidas.

Nilson Barcelli disse...

Parece incrível... mas a verdade é que não sabia que tinhas este
blogue...
Estive a ler alguns poemas e gostei imenso. És poetiza... e eu não sabia...
Bom resto de semana, beijo.

marcia szajnbok disse...

...pois é... quem é que não gostaria de saber dessas coisas?...

muito bonito, fátima...

continuamos sentindo sua falta na oficina e no estúdio... come back soon!

beijinho!

wind disse...

Escritora, belo poema!
Beijos

nydia bonetti disse...

Ví teu poema no Abstracto Concreto e vim conhecer teu trabalho. Impressionou-me a tua poesia. Gostei demais.
abraços
Nydia

marcia szajnbok disse...

fatima

carimbei seu blog com o selo dardos... visite
http://marcia-poeticamente.blogspot.com para ver as regras!
abraço!