Foi o gesto dele um galanteio?
Ou nem era a ela dirigido aquele raio de luz?
Ou foi apenas ela quem nele viu uma harmonia?
E nem era sentimento, mas acaso.
Como seria se ali passasse,
na serra arredondada de cabeços,
um par de marinheiros em passo bailarino,
Como se, em pós capitulação,
fossem pela rua gritando liberdade.
Ela a crer, num esforço,
E o sol a encerrar-se numa nuvem:
Água e escuridão.
E ele a afastar-se pela rua…
Sintonia falaz de um mero acaso.
3 comentários:
Maria, sinceramente... é do teu melhor, na minha humilde opinião.
fatima, me impressiona essa tua capacidade de pinçar uma ceninha do cotidiano, um nadinha, um olhar lançado à rua por acaso, e transformar num fragmento tão transbordante de poesia! como sempre, muito bonito!
bjo
uma única palavra é qb
espanto
.
um beijo
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