sábado, junho 13, 2009

eu choro-te

e nem me digas
fui em paz e graça
nem me peças: não chores
não me impeças vaidades
soluços gritados
ruidos
eu sou-me animal perdido
eu nem me sou
que eu grito este desespero
esta mágoa de não saber
este despudor de vida
este crescer eu cada minuto
este olhar um sol
um espaço
e onde...
onde?
eu que nada creio
onde?
indago e clamo
e choro
que eu não sei de amor
e nem de morte
que me fico perdida
e tenho medo
perdida em meu negro universo
clamo que me esperes
que me dês sinal
que eu veja esse em redor de luz
que hoje
e sempre
por mais que seja sol
é-me tudo negro
é tudo tão escuro

eu choro-te

5 comentários:

Cris disse...

Olá, minha poeta,

Chorar por alguém é sempre provável. Quantos chorarão por nós?

Beijo, querida.

Gabriela Rocha Martins disse...

há lágrimas//pérolas


descobri uma....

belo!




.
um beijo

wind disse...

Porque não chorar?

Quando se está triste e revoltado, chora-se.
Beijos

minuciosa formiga disse...

Escrevi algo parecido:

Perdida

Ando sem descanso,
Sem rumo, sem avanço.
Perdida
Vivo...
É estranho!
Adventícia.
Parto-me,
Intero-me.
Não me siga.
Infinda
Estou sozinha
Contigo:
Perdida.
(Minuciosa Formiga)

Beijo, querida...
Adoro seus poemas!

Anónimo disse...

formidável :)