quinta-feira, junho 11, 2009

que chova

Que a água se desfaça
que o suor rompa de cada poro
que o corpo escorra deslizando
o ventre em tuas mãos

Quero engolir a dor e rir do choro
sufocar dos odores a maresia
salgar dos limos entre as pedras


Ficar ébria de um respirar de leve

Entre teus joelhos, firmes amarras
ficar perdida em sabor de branco sal
confundindo luz e escuridão

Olhar de frente todos os sóis
e mais que ter-te doar-me em ti
solto, livre,companheiro
caminhante de serranias íngremes
pular todas as constelações
em nossos corpos seduzidos, meigos

Voltar devagarzinho nos teus beijos
aplanar a roupa com o riso
deixar correr areia, grão a grão
soltar a gratidão no teu sorriso

Amar-te serena, mão na mão
sorver a chuva no teu rosto
e ficar a olhar, a olhar

A ver-te até ao infinito...

Quero a água da chuva na janela
e entre ela e nós
entre ela e nós, o prazer do corpo



1 comentário:

A OUTRA disse...

A sensualidade em todas as palavras... o amor é assim.
Bom domingo
Maria