quarta-feira, setembro 16, 2009

a dor




De repente uma dor intensa
De uma costela a outra
Trespassada de nada
E a dor gritando: mata
E ela sem saber
Ela sem saber se risse
E não chorava, que chorar doía

Uma dor danada
E o sol a brilhar lá fora

Uma dor azeda colada à coluna
Zanzando no pescoço
Uma faca a trespassá-la
De uma aba a outra
Uma dor do caraças
E ela nem gritava socorro
Pasmada daquele estar do corpo

Ele a dizer: olha-me
Presta atenção ao que tenho dentro

Morta de repente – disseram
Morreu dizendo que esquisito
Ser assim que se acaba
E a dor intensa, enorme
Nem se esbateu, nem se foi embora
Não morreu com ela
Matou-a, simplesmente






9 comentários:

wind disse...

Que história do caraças!
Beijos

Mena G disse...

Que intenso!!!

Maria Clarinda disse...

Gosto muito deste poema...profundo! jhs

vieira calado disse...

É decididamente melhor

uma morte rápida.

Por exemplo:

dando um tiro na alma!

Bjs

Anónimo disse...

Um Blog diferente do habitual... sem imagens nem perfil do autor :)
Mas gostei porque vim ao encontro do mais interessante...
poesias!!!
Parabéns, porque as que já fui ler são muito intensas de conteúdo :)

Beijinho para si

Anónimo disse...

Desculpa Fátima e retiro o que disse do perfil ehehehehe...ele está no fim :)
é bem original ...até nisso hehehehehe

Renata de Aragão Lopes disse...

Nossa!
Realmente dolorido...

Beijo,
doce de lira

minuciosa formiga disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
minuciosa formiga disse...

Dor de amor,das dores a pior.
Quem ama sofre.
Pra sofrer escolha os melhores.
Eu sofro pela arte.
Vale à pena entrar em seu blog,
e amar/sofrer um pouco mais...
Besos, cariño.