a dor
De repente uma dor intensa
De uma costela a outra
Trespassada de nada
E a dor gritando: mata
E ela sem saber
Ela sem saber se risse
E não chorava, que chorar doía
Uma dor danada
E o sol a brilhar lá fora
Uma dor azeda colada à coluna
Zanzando no pescoço
Uma faca a trespassá-la
De uma aba a outra
Uma dor do caraças
E ela nem gritava socorro
Pasmada daquele estar do corpo
Ele a dizer: olha-me
Presta atenção ao que tenho dentro
Morta de repente – disseram
Morreu dizendo que esquisito
Ser assim que se acaba
E a dor intensa, enorme
Nem se esbateu, nem se foi embora
Não morreu com ela
Matou-a, simplesmente
9 comentários:
Que história do caraças!
Beijos
Que intenso!!!
Gosto muito deste poema...profundo! jhs
É decididamente melhor
uma morte rápida.
Por exemplo:
dando um tiro na alma!
Bjs
Um Blog diferente do habitual... sem imagens nem perfil do autor :)
Mas gostei porque vim ao encontro do mais interessante...
poesias!!!
Parabéns, porque as que já fui ler são muito intensas de conteúdo :)
Beijinho para si
Desculpa Fátima e retiro o que disse do perfil ehehehehe...ele está no fim :)
é bem original ...até nisso hehehehehe
Nossa!
Realmente dolorido...
Beijo,
doce de lira
Dor de amor,das dores a pior.
Quem ama sofre.
Pra sofrer escolha os melhores.
Eu sofro pela arte.
Vale à pena entrar em seu blog,
e amar/sofrer um pouco mais...
Besos, cariño.
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