domingo, outubro 19, 2008

não diga nunca

a mão que embala o berço pode fazer caixão
a mão que emborca o copo pode lhe dar cicuta
não diga nunca
nem chame o outro de filho de puta

a mão que enxuga sua lágrima
pode afogar você na água da banheira

uma pinguinha de água badalhoca
e olha
você bem que esperneia feito barata tonta
não tem mais volta

vai-se danar
numa pocinha d´água com sabão da barba

nunca diga que não tem loucura
se cuida
olha sua figura
olha minha mão e te segura

7 comentários:

Anónimo disse...

Já ha muito que nao vinha ao teu cantinho, fiquei encantada com o que encontrei aqui, voltarei mais vezes vezes de certesa. bom fim de semana e beijinhos

vieira calado disse...

Olha lá!

Por onde tu andas a escrever versos!

Todas as palavras são poéticas.

Aí está a prova.

Bjs

Ana Paula Sena disse...

Gostaria imenso de ter estado presente no lançamento do livro. Mas aconteceu numa altura em que eu estive tomada de todo pelo trabalho.

Mas deixo ficar os meus votos sinceros de muito sucesso!

Gostei de passar por aqui... :)

Um beijinho e votos de um Feliz Natal!

Makejeite disse...

Olha, eu teu canto é bem fixe. Li este comentário do Vieira e achei piada porque ele se esqueceu de te dizer que umas são mais que outras. Mas no fundo eu acho que ele tem razão se bem que pela metade era mais seguro.

mas olha, gostei do que li e achei piada porque já sabia que escrevias bem. não é novidade.

Se bem que já te tenha dito, não é demis dizer que espero para ti um bom natal.

José Leite disse...

Muito profunda esta poesia, e muito oportuna também!

Feliz Natal!

Dona Sra. Urtigão disse...

Muito, muito boa!

Anónimo disse...

:)


(em letra baixinha: li "livro". onde, como? quero!)


c