Arrastem-se
pelos soalhos.
Deixem escorrer urinas
no chão de igrejas e ministérios
Sovem mantas esburacadas
nos espaços
não mais que lama e buracos.
Sorvam a água que ainda há nas arcas
e comam percevejos em calda de tomate.
Cegos das luzes de morteiros e outras armas,
mascarem-se
de vilões, ou de anjos
nunca de gente.
E movam-se
rente ao que haja de paredes.
Vão tentar viver nos restos do planeta.
3 comentários:
Um futuro desgostoso... Um poema assombroso.
Mena
percevejos em calda de tomate? com picante?
Consegui visualizar o caos...
beijos
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