Calaste sempre
não te disseste
nem te ouviste
nem te sabias
A bruma do silêncio
agora
só hoje
só depois
a névoa calada
te diz de ti
gritando
apelando
vem
olha-me
tu não sabias
não te sabias este
vem na barca de ti
estrebucha
fala
fala com o sentido teu
corta as brumas
o de dentro das brumas
sai para a luz
Tu não te sabias
tu não calaste
o silêncio tocou-te
lepra
contagiou-te
Lava as feridas
enxagua as dores
atravessa a bruma
atravessa-a contigo
Vem
silencia o que sabes
guarda-te de coração sereno
2 comentários:
Cheio de ritmo e inconfudivelmente teu:) beijos
Um poema saído da alma... belo.
Bj ;)
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